O Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, foi um dos pontos estratégicos mais importantes durante o Cerco do Porto, sendo convertido a quartel de artilharia. O local, elevado a fortaleza, já havia sido de extrema importância durante as invasões das tropas napoleónicas, em 1809.
O Mosteiro foi fundado em 1537, pelo Bispo do Porto, para albergar os cónegos do Mosteiro de Grijó, na altura, muito degradado. O Monumento Nacional foi classificado como Património Mundial, pela Unesco, em 1996. O Mosteiro é um exemplar único em Portugal, devido à sua planta circular, modelo proveniente da arquitectura civil.
“Que monumento existe no moderno Portugal mais rico de recordações gloriosas, do que este mosteiro tornado em castello da liberdade, e cingido em vez de muralhas, de peitos illustres affeitos á victoria!”
A Serra foi um local de interesse estratégico das duas tropas rivais durante o Cerco do Porto. “Alli, pouco antes morada da paz, (…), ergueu-se um theatro de combates fraticidas!”[1]
O mosteiro, então quartel-general, foi local de refúgio das tropas miguelistas lideradas por Santa Marta, de imediato expulsas pelo exército liberal. Dos ataques à Serra salienta-se o do dia 14 de Outubro de 1832, o ataque do exército miguelista que pretendia derrubar as tropas liberais e tomar posse do Mosteiro. “A conservação da Serra no Pilar na posse de D. Pedro, (…) era sentida no campo adversário como a mais flagrante prova do pouco brilhantismo das acções até aí desenvolvidas pelos absolutistas” (Martelo, 2001:51)
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